Agradecimento ao Despertar da Vida
Quem consegue realizar este ato fica em paz consigo mesmo, sente-se certo e inteiro.
Nossa vida começa aqui, nosso destino também.
Escrito por Beth Hellinger.
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"Querida mamãe,
eu tomo a vida de você,
tudo, a totalidade,
com tudo o que ela envolve,
e pelo preço total que custou a você
e que custa para mim.
Vou fazer algo dela, para sua alegria,
Que não tenha sido em vão!
Eu a mantenho e honro e a transmitirei,
se me for permitido, como você fez.
Eu tomo você como minha mãe e
você pode ter-me como sua filha.
Você é a mãe certa para mim e
eu a filha certa para você.
Você é a grande, eu sou a pequena.
Você dá, eu tomo - querida mamãe.
E me alegro porque você tomou meu pai.
Vocês dois são os certos para mim.
Só vocês!".
(Em seguida, diz-se ao pai...)
"Querido papai,
eu tomo a vida também de você,
tudo, a totalidade,
com tudo o que ela envolve,
e pelo preço total que custou a você
e que custa para mim.
Vou fazer algo dela, para sua alegria.
Que não tenha sido em vão!
Eu a mantenho e honro e a transmitirei,
se me for permitido, como você fez.
Eu tomo você como meu pai,
e você pode ter-me como sua filha.
Você é o pai certo para mim,
E eu sou a filha certa para você.
Você é o grande, eu sou a pequena.
Você dá, eu tomo - querido papai.
Eu me alegro porque você tomou minha mãe.
Vocês dois são os certos para mim.
Só vocês!".
O que carrego da minha infância?
No nosso processo de viver, carregamos conosco questões mal resolvidas de nossos afetos, da nossa criação, da nossa família, além daquilo que não conseguimos negociar com nós mesmos.
Muito de nós levam dores por toda a vida, o que traz sofrimento, dificultam nosso caminhar e acaba por interromper nosso movimento em direção que a vida nos proporciona.
Joan Garriga, escritor e psicoterapeuta, no seu seminário em Florianópolis no ano passado, lançou o questionamento: "Qual história da nossa criança ferida estamos vivendo, e repetindo continuamente?"
Será que ainda é necessário reviver cada experiência difícil que tivemos a muito tempo atrás?
Nesses momentos de dificuldade que vivenciamos ou que nos identificamos por lealdade estão presos em algum espectro do amor.
Sofremos por amar muito e ver um distanciamento temporário quando crianças como um abandono. Traduzimos em nossa mente infantil os limites impostos como falta de amor. Confundimos autoridade como repressão.
Podemos também, por amor, fazer companhia na dificuldade de um ente querido, ou fracassar junto com nosso sistema familiar e permanecer tranquilo - embora infeliz - por sentir que o nosso pertencimento não foi ameaçado por um destino diferente.
(por João Januário da Silva)